sábado, 25 de julho de 2015

Da série Pan 2015, parte 7 - Brasil consolida-se no quadro de medalhas. No entanto...

Este foi o penúltimo dia de competição e os Jogos Pan-Americanos de Toronto foram um bom teste para as competições mundiais e, principalmente, as Olimpíadas do Rio. 

Mostremos primeiro as decepções. 

Primeiro, as meninas do vôlei. Elas jogaram pior do que as americanas nos dois primeiros sets. No terceiro, chegaram a fazer 19 a 12, mas as americanas souberam reagir e fecharam o jogo. Uma derrota dolorosa, mas o time formado por Fernanda Garay, Camila Brait, Adenísia, vai assimilar bem, mesmo porque é um mistão (Dani Lins e Carol, entre outras, estão no Grand Prix e também perderam para os Estados Unidos hoje, também por 3 sets a 0 para uma equipe muito mais forte em relação à que ganhou o ouro no Pan). 

O futebol masculino foi outra decepção. Foi o primeiro bronze, com gosto de ferro, numa vitória de Pirro contra a "poderosa" equipe do Panamá. De virada, diga-se: os adversários da América Central abriram o placar, e Luciano levou a partida para a prorrogação, para haver mais dois gols de Lucas Piazon e novamente Luciano. Mesmo com os 3 a 1, esta equipe, que não é a olímpica, está fadada ao esquecimento. 

No hipismo por equipes, o Brasil também foi apenas razoável, mas canadenses, venezuelanos e, principalmente, americanos, saíram-se melhor. 

Por fim, o atletismo, onde o Brasil depende de alguns nomes para brilhar. Foram meros coadjuvantes, diante de canadenses e norte-americanos. Por sorte, os atletas verde-amarelos não foram os únicos a falhar. Embora o cubano Richer Perez tivesse ganho o ouro na maratona, seus companheiros não foram tão bem e Cuba perdeu definitivamente a chance de ultrapassar o Brasil no quadro de medalhas: 35 contra 41 ouros.

Agora, as boas notícias.

Na esgrima, a equipe masculina conquistou a prata na categoria florete, encerrando uma das melhores participações nesta luta. Mesmo assim, faltou o ouro. Quem sabe no próximo Pan...

O futebol feminino mostrou categoria, com direito a um gol incrível de Maurine, o segundo dos quatro feitos contra as colombianas. Elas bem que tentaram, mas não foram páreo para a Seleção Brasileira, mesmo sem Marta. Os 4 a 0 trazem um pouco de otimismo, mas as Olimpíadas prometem  ser - e certamente serão - muitíssimo mais duras.

Não existe "martadependência" na Seleção Feminina de Futebol (Rafael Ribeiro/CBF)

Temos dois ouros (equipe masculina e Hugo Calderano) e três pratas (outros individuais e equipe feminina) no tênis de mesa. Um bom resultado, mas poderia ser melhor. Calderano teve de vencer o compatriota Gustavo Tsuboi, e os dois ocuparam os melhores lugares do pódio.

Um ouro inesperado foi para o boliche, esporte que não costuma dar muitas alegrias aos brasileiros: Marcelo Suartz conseguiu, ao derrotar o venezuelano Amleto Monacelli, além do americano Devin Midvell e o canadense Dan Maclelland.

No handebol masculino, algo parecido com o handebol feminino: Tiveram de enfrentar a equipe argentina, e conseguiu vencê-la na final, para deleite da torcida, principalmente aqueles ávidos pela tradicional rivalidade esportiva. Houve uma diferença fundamental: precisaram enfrentar duas prorrogações e fazer 29 gols, contra 27 dos hermanos.

Ouro também no basquete masculino, coisa rara de se ver. A equipe teve de enfrentar a desconfiança da torcida brasileira e o apoio da torcida local pelos adversários. Houve sofrimento, mas os brasileiros levaram a melhor sobre os canadenses: 85 a 71. 

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