Ontem, alguém tentou explodir a sede do Instituto Lula, no Ipiranga, com uma bomba caseira.
Parece um sinal de radicalização política, pois a paciência do povo brasileiro com Dilma está quase esgotada, devido à incrível combinação de piora econômica com crise política e a enxurrada de descobertas feitas pela Operação Lava-Jato a respeito da promiscuidade entre empreiteiras e políticos.
Não está descartada a possibilidade de ser um mero ato de alguém desequilibrado, sem vínculos com grupos radicais, agindo por conta própria.
De uma forma ou outra, o responsável precisa ser punido, pois o uso de bombas contra qualquer propriedade é, obviamente, um crime. É, sim, um ato terrorista, ainda que sem feridos ou mortos. Deve haver uma séria investigação a respeito, sem atribuir culpas antecipadamente.
Por outro lado, esse ato, apesar de condenável, era esperado, diante do atual cenário. Os ânimos ainda podem acirrar-se ainda mais com os protestos do dia 16 e os anúncios das chamadas "pautas-bomba", medidas, como o novo cálculo de reajuste das aposentadorias, que aumentam os gastos do governo quando é imperativo diminuí-los. Além disso, Brasília ainda se apega aos cargos comissionados e aos 39 ministérios como um usuário de crack ao seu cachimbo para fumar a sua estimada pedra.
O povo, como sempre, está pagando a conta dos vícios, da irresponsabilidade, da demência e da fraqueza moral de gente que costuma deliberadamente esquecer-se dos motivos pelos quais foram eleitos. Muitos de nós, brasileiros, não aguentamos tanta espoliação. Por muito menos do que se fez neste país, houve massacres, guerras civis, revoluções e outras medidas não desejadas pelos pacatos e quase passivos cidadãos desta terra.
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