terça-feira, 7 de julho de 2015

Clima (mais) acirrado

Em entrevista à Folha de S. Paulo, a presidente Dilma se pronunciou a respeito das inúmeras suspeitas que pesam contra ela e seus aliados, e de seu enfraquecimento político, como bem demonstram as últimas pesquisas de popularidade. 

A entrevista pode ser lida AQUI

Não podia ter gerado maior repercussão, ainda mais porque a presidente se mostrou agressiva e desafiante diante dos adversários, praticamente tratados como inimigos. O PSDB criticou a postura supostamente "imperial" de Dilma, enquanto o maior beneficiado por uma eventual renúncia ou impeachment da presidente até novas eleições, o PMDB, assegura que não há motivos ainda para a cassação de mandato, apesar da verdadeira tempestade de denúncias envolvendo todo o poder de Brasília e as empreiteiras, assim como a situação cada vez mais opressiva para o nosso povo, em questões sócio-econômicas: desemprego, inflação, recessão, criminalidade.

As falas lembram o passado dela, quando ela lutou na guerrilha contra a ditadura militar, e chegam a aludir a uma tentativa de suicídio, o que é boato. Não consta que ela tenha o perfil de Getúlio Vargas, o ex-ditador suicida e "pai dos pobres", apesar do grande apego ao poder demonstrado por ambos. 

Para muitos analistas, Dilma está acuada. Ela e boa parte do PT estão vendo na oposição e no PMDB como conspiradores. Porém, nem o governo pode cogitar algo mais radical devido à sua fragilidade e ao maior respeito (por enquanto) às instituições democráticas em relação aos governos ditos "bolivarianos" na América do Sul, e nem os "inimigos" se mostram tão ávidos para tirar a presidente a qualquer custo, pois estão preocupados com as possíveis consequências: agravamento da instabilidade institucional, economia ainda pior, descrédito ainda maior nos políticos e na Justiça. 

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