terça-feira, 14 de julho de 2015

Da série Pan 2015, parte 2 - Terça-feira atlética

O termo (dia da semana) gorda não parece o mais adequado para definir a atual situação das equipes brasileiras nestes Jogos Pan-Americanos. Gordo não combina com esporte, com o perdão do "politicamente correto" vigente. Está mais para atlético, mesmo. 

Neste dia os brasileiros mostraram competitividade, o que pode ser um bom indicador para as Olimpíadas, um evento bem mais exigente. Tivemos as atuações de Arthur Zanetti, conhecido mundialmente pela sua atuação em Londres-2012, e Thiago Pereira. Porém, a boa notícia para os torcedores não veio apenas dessas estrelas. 

Jacqueline Ferreira se encarregou de ser a primeira brasileira a ganhar uma medalha no levantamento de peso, conseguindo erguer 230 kg. A nadadora Joanna Maranhão faturou também o bronze nos 200 m borboleta. Seu namorado, o judoca Luciano Correa, venceu a disputa contra Marc Deschernes e ganhou nada menos do que o ouro. O casal acabou sendo um dos destaques da competição e foi comentado nas redes sociais. Infelizmente nem todos por esse motivo, pois Joanna foi uma das que apareceram para palpitar sobre a redução da maioridade penal num vídeo. Durante as competições é melhor esquecer esse episódio infeliz. 

Zanetti conquistou o ouro nas argolas, logo após outra grande performance do canoísta baiano Isaquias Queiroz, medalha de ouro pela segunda vez, na categoria C1 200m. Como era esperado, ele fez uma apresentação de grande qualidade. Precisava, pois ele, campeão mundial e medalhista de ouro em Olimpíadas, curiosamente não tinha uma vitória em um Pan. 

Arthur Zanetti após a conquista do ouro no Pan (Ezra Shaw/Getty Images)

Thiago Pereira, o já tarimbado nadador, nem precisou se esforçar muito (aliás, nem um pouco) pois seus companheiros Matheus Santana, João de Lucca, Bruno Fratus e Marcelo Chiegherini vencem a prova de revezamento 4x100 m, desbancando os quartetos americano e canadense. Os donos da casa, mesmo com a torcida a favor, só ficaram com a prata. Thiago se classificou para as finais dos 100m crawl e ganhou o direito de receber a medalha por equipes, devido a uma curiosa regra dos Jogos. 

Leonardo de Deus, outro nadador, também se deu muito bem, mas na modalidade 200m borboleta. Também ganhou a medalha dourada. 

David Moura foi mais um atleta a conquistar a torcida. Judoca, subiu no ponto mais alto do pódio ao vencer Freddy Figueroa na final dos pesados. Mayra Aguiar poderia engrossar a lista, mas perdeu para a americana Kayla Harrison, simplesmente campeã olímpica e considerada "arquirrival" da brasileira. Ela até se saiu bem, mas acabou cometendo alguns erros, enquanto a americana foi mais constante. Mesmo assim, a medalha de prata foi um bom resultado e um estímulo para as Olimpíadas do Rio. 

Com os resultados acima, o Brasil subiu de posição, superando o México e conquistando o quinto lugar no quadro de medalhas. O número de ouros dobrou só nesta terça. 

Neste dia, também houve uma inédita medalha de ouro para a Guatemala, país da América Central, com o ginasta Jorge Veja, de apenas 19 anos e 1,48 m. Ele fez uma apresentação surpreendente e superou os americanos. 

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