quarta-feira, 16 de agosto de 2017

Consequência da "reforma política"

Numa época de acontecimentos estranhos no Brasil (e também no mundo, com destaque para os despautérios de Donald Trump em conjunto com os tiranos Nicolas Maduro e Kim Jong-un), o presidente do PMDB Romero Jucá anunciou mais uma pérola: vai convencer seus correligionários a retirar o "P" da legenda. Ou seja, o maior e mais heterodoxo partido do Brasil vai voltar a ser conhecido como MDB. 

É mais fácil de acreditar na história envolvendo o "jovem do Acre" (também conhecido pelas más línguas como "maluco do Acre", porque "menino" não é, mas não estamos tratando dele nesta postagem) do que nessa "mudança", até porque querem fazer crer na mítica em torno do MDB. 

Há diferenças notáveis: não há mais lideranças fortes e marcantes como Ulysses Guimarães, conhecido como o "Sr. Diretas" em 1984 e o "Sr. Constituição" em 1988. Além disso, o partido fazia o papel de "oposição" nos tempos do bipartidarismo, mas na verdade era o partido do "sim", enquanto o outro, o de "situação", a Arena, era o partido do "sim, senhor". Agora o virtual futuro MDB é o partido do governo, do qual nunca saiu desde a redemocratização (1985). 

Este parece um desdobramento da "reforma política" a ser aprovada para 2018.

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