terça-feira, 22 de agosto de 2017

Quem foi Régis Bittencourt?

As rodovias de São Paulo, como todas as outras, homenageiam grandes - e contravertidas, às vezes - personalidades. Por aqui, políticos, militares, alguns esportistas como Ayrton Senna e, como não poderia deixar de ser, bandeirantes, foram homenageados para batizar importantes corredores por onde escoam produtos vindos de outras regiões, por caminhões - infelizmente o principal meio de transporte de cargas no Brasil, um país onde as ferrovias não receberam a devida importância.

Um fato curioso: a rodovia Régis Bittencourt, que liga São Paulo (mas começa, na verdade, em Taboão da Serra, na divisa com a capital, como continuação da Avenida Professor Francisco Morato) a Curitiba, passando por Embu das Artes, Itapecerica da Serra e Registro.

A rodovia Régis Bittencourt, uma das mais importantes do Estado de São Paulo (divulgação)

Não existem biografias detalhadas sobre o nome, apenas informações segundo as quais Edmundo Régis Bittencourt era um engenheiro do século XX, ex-presidente do Departamento Nacional das Estradas de Rodagem (DNER). A rodovia foi inaugurada em 1961, mas não há informações se o engenheiro já houvesse falecido naquela data. Caso estivesse vivo, seria algo insólito, mesmo na época. Consta-se que ele se empenhou na construção da via para ligar a capital paulista com a paranaense. 

Num registro da Fundação Getúlio Vargas consta o nome do filho dele, Luís Edmundo Brígido Bittencourt, nascido em 1926 (clique AQUI para ver). Então supõe-se que Edmundo Régis teria nascido no início do século XX ou, mais provavelmente, no final do século XIX. 

O engenheiro em questão, cujo retrato é encontrado no Museu de Astronomia e Ciências Afins (MAST), inclusive em seu site (clique AQUI)

Os registros, portanto, são extremamente escassos para alguém com a honra de ter uma rodovia com seu nome. Até o semilendário bandeirante Anhanguera, aquele que enganou índios colocando fogo em aguardente dizendo que incendiava os rios, tem registros mais precisos. Realmente digno de estranheza, para alguém do século XX. 

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