segunda-feira, 7 de agosto de 2017

Finalmente vai sair o parque

A região da Casa Verde poderá receber em breve uma opção de lazer com a transformação de aproximadamente 20% do Campo de Marte em um parque municipal. 

No terreno, já existe um pequeno vestígio da antiga Mata Atlântica, além de terrenos usados como várzea para clubes de futebol, cujo futuro parece incerto, mas espera-se que possam ser preservados, ao menos parcialmente. Um museu aeroespacial está em fase de projeto. 

É a parte mais perto da Casa Verde, embora todo o Campo de Marte esteja no distrito de Santana. É vizinho do Sambódromo, como se pode ver no mapa: 

Possível localização do futuro parque (Divulgação/Bruno Viterbo/Jornal SP Norte)

Não ficará apenas isso: no futuro, todo o Campo de Marte será desativado, para se tornar um centro de lazer. O desafio é administrar o terreno para não se tornar um alvo de invasões, como muitas vezes costuma ocorrer no país. 

Outras consequências poderão ocorrer, como a valorização do entorno, embora isso não signifique um desenvolvimento automático. O fato de ser próximo ao Centro, contudo, é uma vantagem. Outros locais com parques continuam a ter um índice de desenvolvimento muito abaixo do desejado, como o Anhanguera, também na Zona Norte, mas muito longe, próximo a Caieiras e Cajamar; ou o Parque Raposo Tavares, em área mais urbanizada na Zona Oeste, mas também afastado e com infra-estrutura deficiente. Por outro lado, existem casos de êxito, como o Parque do Povo, no Itaim Bibi, construído em meio a uma região com grande demanda imobiliária, e que sofreu pressão para se transformar em mais uma área residencial, para se tornar uma área de lazer e preservação, em região nobre da cidade. 

É necessário acompanhar os trâmites na Justiça, pois o STF ainda vai julgar o caso. Após vários anos motivo de disputa entre a União e a Prefeitura, somente em 2015 o STJ decidiu favoravelmente a esta última. Este é um dos casos que remetem à Revolução de 1932, quando a área era do Estado e foi federalizada, após a derrota dos paulistas pelas forças de Geúlio Vargas. Mais tarde, virou o famoso aeroporto, agora relativamente pouco utilizado, e base da Infraero.

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