quinta-feira, 10 de agosto de 2017

Reforma política dos sonhos

Dos sonhos daqueles que querem transformar o Brasil num Bananistão ou numa colossal espelunca.  

Querem limitar os mandatos dos ministros do STF para 10 anos, quando nos Estados Unidos o ministro cumpre seu cargo até a morte. 

Querem implantar o Distritão, sonho dos asseclas de Eduardo Cunha, algo só existente em países pequenos como Vanuatu e no Afeganistão. Tornar cada município ou Estado como um imenso distrito acaba favorecendo um candidato conhecido e com recursos de determinado lugar em detrimento de alguém disposto a realmente melhorar a vida de outro lugar mais carente, porém sem a mesma fama. 

Querem um fundo partidário de R$ 3,6 bilhões (0,5% da receita corrente líquida entre julho de 2016 e junho de 2017) para financiamento de campanha, já que proibiram as empresas de darem dinheiro aos candidatos. Mas era um dilema dos grandes, porque era isso ou o aumento na quantidade de doações clandestinas, vulgo caixa 2. Parece aquela do condenado a morte que escolhe ser enforcado ou fuzilado.

Querem, aliás, queriam extinguir o cargo de vice-presidente, tornando o Brasil um país extravagante, pois qualquer república presidencialista possui vices. Por que não implantar logo o parlamentarismo, como nas repúblicas mais avançadas? Este item acabou abortado.

Se isso pode ser considerado uma reforma, parece algo como transformar uma favela num lixão. Mas calma lá: vai valer apenas para a eleição de 2018. Segundo os nobres parlamentares, em 2022 será diferente, com o sistema com voto distrital misto e um fundo partidário menor. Aguentaremos até lá?

Enquanto isso, as redes sociais não falam em novas manifestações e ainda não houve "panelaços" a cada pronunciamento dos políticos. 

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