Devido à inesperada goleada da Holanda sobre a Espanha, o Chile deixou de ser um mero coadjuvante para virar um antagonista no drama espanhol. A ex-colônia na América do Sul começou previsivelmente bem contra o bisonho mas esforçado time australiano.
Poderia simplesmente afirmar que o time chileno só cumpriu sua obrigação, mas a realidade é um pouco mais complicada. No primeiro tempo, eles envolveram facilmente a defesa australiana, a ponto de fazer dois gols, um deles, aos 14 minutos, de Valdívia, o célebre craque palmeirense. Depois, o time sul-americano começou a se acomodar, algo perigoso até mesmo para um time sem experiência como a Austrália, que está longe de ser um time de tolos. Os representantes da Oceania se esforçaram e conseguiram fazer um gol, sentido fortemente pelos adversários.
A partir daí, a Austrália cresceu ainda mais e o risco de uma zebra na Arena Pantanal parecia deixar de ser desprezível. No final do primeiro tempo e começo do segundo, os australianos tomaram conta. Tiveram um lance de pênalti não marcado, pois Cahill foi agarrado por Jara na grande área, aos 5 minutos da etapa final. Ainda por cima, marcaram um gol impedido, e corretamente anulado pelo juiz, pouco depois, mostrando que este grupo também pode ser bastante difícil.
Depois de sofrer, os chilenos resolveram correr atrás e conseguiram ameaçar mais a defesa australiana. Conseguiram o gol salvador somente nos acréscimos, para selar o destino da Austrália, que certamente irá voltar para casa mais cedo, mas não de forma humilhante. Quem pode sair dessa forma é a Espanha, que precisa vencer ambos os times dessa partida, para não correr o risco de ceder a vaga para sua ex-colônia na costa do Pacífico.
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