segunda-feira, 16 de junho de 2014

Da série 'Copa no Brasil - parte 08' - EUA e Irã entram para a guerra

Irã e Estados Unidos são países inimigos entre si, devido ao programa nuclear iraniano, acusado pelos americanos e seus aliados de ser um plano para destruir Israel. Por outro lado, os iranianos sempre fazem questão de denunciar o que eles consideram atitudes imperialistas dos EUA no Oriente Médio. Nesta série de postagens, porém, o foco não é este.

No mesmo dia, travam a primeira batalha de outra guerra, desta vez pacífica. Não lutam entre si, mas contra os "soldados" vindos da África. O Irã foi enfrentar a Nigéria em Curitiba e os representantes do "Grande Satã", usando os termos dos clérigos iranianos que mandam e desmandam no país, lutaram contra as forças de Gana em Natal. Os locais das batalhas enfrentam problemas. O primeiro estádio é aquele que quase foi excluído pela Fifa. Já o outro estava sem o aval dos bombeiros e ainda sofreu com as chuvas. Os dois foram motivo de rusgas da Fifa devido ao atraso nos cronogramas.

Quanto às batalhas em si, a primeira estava mais para uma pelada do fim de semana. A diferença é que na pelada quase sempre há gol. Não foi o caso de Irã e Nigéria. Foi o pior jogo da Copa até agora, e o primeiro 0 a 0 de um jogo entre prováveis candidatos à queda na primeira fase, deixando a vaga para a Bósnia.

No grupo da Alemanha, ainda há Gana e Estados Unidos. É a terceira vez seguida em Copas que eles se enfrentam, e nas duas vezes anteriores deu Gana. Desta vez foi diferente: os EUA não quiseram colocar o rótulo de "fregueses" dos africanos e fizeram o gol mais rápido de toda a Copa até agora: 29 segundos, e Dempsey foi o autor da proeza. Gana sentiu o golpe e não conseguiu ser efetivo no primeiro tempo, devido à defesa norte-americana, que perdeu a ingenuidade dos outros tempos. Bem mais tarimbados, os americanos foram superiores até o segundo tempo, quando não aguentaram o calor e a pressão dos ganeses, que passaram a crescer. Com isso, Ayew, aos 35 minutos do tempo final, acabou marcando. A partida caminhava para um empate. Brooks, como bom patriota americano, salvou o dia para os seus companheiros, e desempatou aos 41 minutos.

Com isto, quem está mais próximo da vaga são os americanos, que podem ir longe. Não é o caso de dar razão ao Ibraimovic, desgostoso porque a Suécia não se classificou para a Copa: ele disse que os EUA seriam campeões, só por despeito. O tempo dirá se os sobrinhos do Tio Sam vencerão esta guerra pacífica, para tristeza dos brasileiros.

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