quarta-feira, 25 de junho de 2014

Da série 'Copa no Brasil - parte 19' - O brilho de Messi e o apagão de Benzema

Mais uma vez deixou clara a dependência do time argentino em relação a Messi. Ele foi o responsável por 2 dos 3 gols feitos pelo time, um logo no comecinho do jogo, para assustar os nigerianos, e outro nos acréscimos do primeiro tempo. Por outro lado, a defesa mostrou ser um ponto fraco dos argentinos, pois levaram 2 gols de um time sem inspiração. Rojo, que também fez o seu gol, foi o destaque, mas seus companheiros não mostraram a mesma categoria. A torcida estava praticamente em casa, lotando o Beira-Rio, a cerca de 700 km da fronteira Brasil-Argentina. 

Messi mostra seu talento no jogo contra a Nigéria e empata com Neymar em número de gols nesta Copa (Diego Vara/RBS)

No outro jogo do grupo F, o Irã mostrou toda a sua fragilidade diante da Bósnia, que se despediu do Mundial com uma vitória convincente. O estádio Fonte Nova, desta vez, não viu uma chuva de gols. Foram 3 a 1 para uma partida considerada desinteressante. Por outro lado, o limitado time iraniano conseguiu fazer um gol no final, de Ghoochannedjhad (argh! que sobrenome...). Ele era pior até que a Grécia em qualidade no ataque. Os gols bósnios foram de sobrenomes igualmente estranhos para os brasileiros: Dzeko, Pjanic, Vrsajevic. 

Também não houve nenhuma surpresa no jogo entre a Suíça e Honduras, pelo grupo E. Os suíços não tiveram dificuldade para vencer a equipe mais fraca do grupo, por 3 a 0, todos os gols feitos por Shaqiri, mais um do cosmopolita elenco suíço por ser descendente de kosovares, e considerado um dos melhores jogadores do time. Os hondurenhos confirmaram a fama de serem sacos de pancadas, e se despedem da Copa. Mesmo sofrendo com o calor da Amazônia, que não sediará mais nenhum jogo (para alívio dos times europeus), os representantes do país dos queijos e dos relógios avançam para as oitavas. 

Surpresa mesmo é a França, mesmo com Benzema, não conseguir fazer gols no Equador, mesmo beneficiados pela expulsão de Valência. O goleiro Dominguez não deixou passar nenhuma bola, e os franceses não tinham a mesma fome de gols de antes. Nem mesmo o maior craque deles, que estava apagado.

Sofreram demais com a retranca equatoriana, principalmente a atuação de Erazo, que neutralizava Benzema, as defesas de Dominguez e o calor do veranico carioca. Jogaram apáticos, mesmo porque não precisavam de uma vitória para serem os líderes do grupo. Os equatorianos também não se esforçaram muito.

Quanto aos brasileiros que assistiram a tudo, a sensação era mais uma vez de dinheiro jogado fora. Nada de gols. Mais um zero a zero nesta Copa!

Como resultado, os franceses saem um tanto desacreditados, e o Equador se tornou o único sul-americano a cair fora do Mundial. 

A Suíça vai pegar a Argentina para tentar deter Messi com seu jogo retrancado e valorização das marcações. Já a tarefa da França será derrotar a Nigéria, algo aparentemente bem mais fácil, para ver se consegue apavorar o Brasil, já que eles podem se encontrar nas semifinais. Muitos tem medo, muito medo, de isso acontecer, mas outros já descobriram as limitações de um time que também depende de um craque - no caso, Benzema.

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