sexta-feira, 20 de junho de 2014

Da série 'Copa no Brasil - parte 14' - Massacre em Salvador e complicação em Curitiba

Depois da zebra costarriquenha vencer o duro desafio no "super grupo da morte" (grupo D), restam os dois jogos do grupo da França, os quais poderiam ser potencialmente menos interessantes. Errado. 

França e Suíça protagonizaram um dos mais empolgantes jogos desta Copa. A eficiência de um dos considerados "vilões" para a nossa torcida contra um time que usou a retranca para segurar os adversários, inclusive a própria França, nos últimos 10 anos. O palco era a Arena Fonte Nova, onde se realizaram goleadas: Holanda 5 x 1 Espanha e Alemanha 4 x 0 Portugal. Curiosamente, na quente Salvador, somente europeus jogaram até agora. 

O calor não podia servir de desculpa para os suíços serem facilmente dominados, pois a França também sofreu. Mesmo assim, não perdoou a seleção do país vizinho. Após 15 minutos de jogo truncado, a França conseguiu romper as defesas. Giroud fez o primeiro gol, após o goleiro Benaglio quase conseguir defender. Dois minutos depois, os suíços pagaram caro pela troca de passes em seu próprio campo de defesa. A bola acabou nos pés de Benzema, que cruzou para Matuidi fazer o segundo gol francês. 

Houve um pênalti de Djourou em Benzema, cobrado pelo craque, mas o goleiro Benaglio defendeu, para frustração da torcida francesa, que já estava recebendo reforços até dos soteropolitanos. O terceiro gol veio mesmo aos 40 minutos, com Valbuena. 

No segundo tempo, houve certa reação suíça, com algumas ameaças à defesa francesa. Porém, a superioridade era dos "Bleus". Benzema, aos 21 (67) minutos, fez seu gol tão almejado, o quarto dos representantes da bandeira tricolor. Seis minutos depois, foi a vez de Sissoko. Era uma surra histórica. Poderia ser pior se não houvesse uma reação, aproveitando os vacilos da defesa francesa. Os suíços marcaram, para amenizar o massacre: Dzemaili e Xhaka fizeram seus gols. 

O lance mais polêmico veio depois, quando Benzema fez um gol logo após o juíz apitar o fim de jogo. Este gol não foi validado, o que foi considerado um insulto ao futebol, para muitos. Benzema seria, dessa forma, o artilheiro da Copa. Oficialmente, até agora fez três. 

Benzema contribuiu para derreter a Suíça, mas sua felicidade foi estragada pelo juiz no final (AFP)

Curiosamente, a Suíça levou uma surra "de criar bicho", como se dizia antigamente, e derretida como fondue, mas pode encontrar a salvação se o Equador for derrotado pela França, o que é quase certo. A eterna pedra no sapato da Seleção Brasileira é a maior goleadora desta Copa. 

Por falar em Equador, ele venceu Honduras (com dificuldade extrema, diga-se) e complicou o grupo. O time da América Central ainda conseguiu fazer um gol, aliás, o primeiro na Arena da Baixada, em Curitiba, que por ora é uma perfeita antítese de Salvador e suas goleadas. Porém, continuava o mesmo time limitado, e curiosamente os rivais estavam jogando quase à altura de sua ruindade. O time sul-americano conseguiu virar o jogo com dois gols de Valencia, mas ficou nisso. Mais um jogo que os curitibanos tiveram de aguentar. Os equatorianos se salvaram, mas a terceira rodada pode mudar a sorte novamente, e favorecer novamente o time mais humilhado deste dia, que poderá alcançar a redenção enfrentando os quase eliminados hondurenhos.


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