domingo, 15 de junho de 2014

Da série 'Copa no Brasil, parte 05' - A luta na selva e a batalha do Recife

Já havia destacado o primeiro jogo no Grupo D, considerado o "da morte", onde o inesperado aconteceu. Itália e Inglaterra, os representantes europeus, acompanharam com interesse a zebra centro-americana derrotar um dos sul-americanos considerados mais fortes. 

Na Arena Amazônia, em Manaus, a torcida estava em clima de festa, para receber o primeiro clássico da Copa. Aparentemente, esqueceram as polêmicas com o técnico inglês Roy Hodgson, que condenou o local no ano passado, mas adotou uma postura oposta quando visitou o estádio. Essa trégua não durou muito no estádio. Torciam pelos italianos.

Os dois times ora tinham a vontade necessária para brigar pelo título e quebrar o tabu de nenhum europeu levar o troféu em terras americanas, ora pareciam com dificuldades para aguentar o calor de Manaus.

Claudio Marchisio abriu o placar após um certo tempo de futebol equilibrado, aos 35 minutos. Danny Welbeck, dois minutos depois, empatou para a Inglaterra. Após o intervalo, Balotelli marcou o seu tento, aos 5 minutos. Pirlo foi um dos destaques do jogo, sendo o responsável pelo primeiro gol da Itália e comandando o time.

A "luta na selva" terminou com os italianos em vantagem, começando bem como não costuma acontecer em Mundiais, ainda mais considerando as circunstâncias difíceis. Enquanto isso, a Inglaterra ainda tem boas chances de conseguir uma segunda vaga, se vencer a líder (por enquanto) Costa Rica e o desacreditado Uruguai. A tarefa será dificultada pelo seu mais famoso torcedor, o líder dos Rolling Stones, Mick Jagger, conhecido "pé-frio" na Copa de 2010, desta vez não foi pessoalmente, talvez com receio de enfrentar o calor manauara.

Mais tarde, milhares de quilômetros de lá, na histórica cidade do Recife, capital de Pernambuco, houve a partida de dois membros do grupo C tentando diminuir a desvantagem em relação à Colômbia, que havia vencido a Grécia por 3 a 0 no Mineirão. O esforçado mas limitado Japão saiu na frente, mesmo enfrentando a favorita Costa do Marfim. Honda marcou aos 15 minutos. Depois, os asiáticos trataram de se defender das investidas africanas, e isso durou o primeiro tempo inteiro. As finalizações dos marfinenses não resultaram em nada. A seleção dos Elefantes conseguiu se impor só no segundo tempo, com passes de Aurier e finalizações de Bony (19 minutos) e Gervinho (21 minutos).

O mais famoso jogador marfinense, Drogba só foi atuar pouco antes dos gols dos companheiros. Estava esquentando o banco até os 16 minutos da etapa final. Depois ele foi tentar vencer a defesa japonesa, mas o goleiro Kawashima conseguiu defender o seu canto. O astro do time africano vai ter de esperar até terça-feira, quando eles enfrentarem a Grécia.

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