domingo, 24 de junho de 2018

Da série Copa do Mundo 2018, parte 14 - Inglaterra goleia, Japão surpreende Sadio Mané e Colômbia finalmente mostra a que veio

Hoje terminou a segunda rodada desta Copa marcada pelos tropeços dos melhores times, exceto os do grupo G, isto é, Bélgica e Inglaterra. 

Harry Kane não teve dificuldade ao participar do massacre ao time do Panamá, que participa do Mundial pela primeira vez. Fez um hat-trick e se tornou o principal artilheiro do torneio, ultrapassando Cristiano Ronaldo. Stones fez dois e Lingard marcou mais um antes do primeiro tempo, no qual Kane fez dois dos seus três gols. Ou seja, 5 a 0 na primeira metade do jogo. Parecia algo como o roteiro daquele 8/7, até mesmo quando os ingleses resolveram aliviar e pararam com o massacre. Após o astro da seleção inglesa e do Tottenham marcar seu último gol, o atacante Baloy aproveitou o relaxamento da defesa europeia e marcou o gol de honra. Foi tratado como um herói nacional panamenho, por fazer o primeiro gol da História do futebol em sem país. Boa parte da mídia destacou mais a festa pelo gol único do que os gols de Kane e dos demais ingleses. Como resultado, Bélgica e Inglaterra só precisam decidir, na rodada final (quinta-feira) quem irá ser o primeiro do grupo no confronto direto. Nizhny Novgorod foi premiada com mais um jogo digno desse nome. 

Harry Kane fez cinco gols até agora e é o artilheiro do torneio (Reuters)
Baloy fez o primeiro gol da história do Panamá em Copas (EFE)


Pelo grupo H, Japão e Senegal disputaram um duelo equilibrado em Ecaterimburgo. O time africano, mesmo com Sadio Mané, autor do primeiro gol por falha da defesa nipônica, não conseguiu impor sua superioridade técnica e física, e sofreu. Inui empatou o jogo, desvencilhando-se dos grandalhões defensores senegaleses. Wagué desempatou no segundo tempo, e Honda colocou tudo igual novamente. Com quatro pontos, a encrenca acabou indo mesmo para o lado de Polônia e Colômbia, que jogariam mais tarde em Kazan. 

Com o seu astro principal, Robert Lewandowski, sem brilho, a Polônia mais se preocupou em se defender do que em atacar e fazer gols. Quem estava mais de acordo com o objetivo de todo jogo de futebol foi a Colômbia. Mina abriu o placar e fez a sua dança, conhecida pelos torcedores do Palmeiras (mas pouco executada no clube atual, o Barcelona). Falcão García, o capitão do time, fez o segundo e Cuadrado fez o resultado, para eliminar os poloneses, ironicamente os cabeças-de-chave do grupo H, sempre de acordo com o ranking da Fifa, pois os poloneses estão em oitavo e os colombianos, em décimo sexto. Coisas que nem a entidade máxima do futebol consegue explicar de forma convincente (*).

O vencedor desta partida ainda precisa vencer o Senegal para avançar, pois um simples empate pode fazer os colombianos terem o mesmo destino daqueles que eles derrotaram hoje. 

Mina (à direita) foi um dos que colocaram o time polonês na dança (Alex Livesey/Getty Images)

(*) N. do A.: Espertamente, os dirigentes poloneses usaram os aparentemente esquizofrênicos critérios de avaliação para subirem no ranking, simplesmente evitando jogar amistosos com times que poderiam derrotar Lewandowski e companhia (leia AQUI como isso foi feito).

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