Kim Jong-un e Donald Trump se cumprimentam em Cingapura (Reuters) |
Em Cingapura, dois dos mais contraversos personagens da atualidade, o presidente americano Donald Trump e o ditador norte-coreano Kim Jong-un, reuniram-se.
Nunca houve uma reunião pessoal entre dois representantes dos dois países, desde a Guerra da Coréia, sem outros chefes de Estado. Isso representa um passo para as distensões no leste da Ásia? Provavelmente, sim.
Eles assinaram um acordo (sem definições de prazos) para o desmantelamento total do arsenal atômico norte-coreano e o fim das manobras militares conjuntas entre Estados Unidos e Coréia do Sul. Prometeram fazer visitas oficiais, um no país do outro, também sem marcarem uma data. Assim, a prudência manda acompanhar com ceticismo o desenrolar dos acontecimentos, para ver se eles cumprem as promessas. No entanto, não dá para dizer categoricamente que a reunião é um mero jogo de cena.
Enquanto houver cordialidades entre os dois protagonistas desta trama insólita, o risco de conflito na região da península coreana estará reduzido, e vai ficar menor quando eles acatarem os termos do acordo.
Por outro lado, o descumprimento por pelo menos um dos lados vai trazer graves consequências para o mundo inteiro. Os outros países da região (Rússia, China, Japão e Coréia do Sul) vão precisar ter um papel ativo na manutenção dessa paz algo precária. A ONU, também.
De concreto, só a conta para o país anfitrião deste encontro pagar: US$ 15 milhões, aproximadamente. Boa parte dos cidadãos cingapurianos não deve estar gostando muito de ver seus impostos sendo destinados a isso.
Nenhum comentário:
Postar um comentário