quarta-feira, 6 de junho de 2018

Da série 'Mondo Brasile', parte 8



O Atlas da Violência deste ano mostrou um aspecto no qual o Brasil fracassou miseravelmente: no combate aos latrocínios, assassinatos, estupros e outros crimes hediondos. 

Como aceitar o incrível aumento de estupros nos últimos cinco anos? E o índice de 30 assassinatos por 100 mil habitantes?

Pobres, jovens e negros são as maiores vítimas da violência, e nesses grupos os índices são aterrorizantes. Mesmo grupos menos sujeitos aos crimes hediondos, como mulheres, idosos e ricos, são vítimas de crimes brutais com uma frequência muito acima do tolerável. Veja as estatísticas AQUI.

Existem estados onde a carnificina é menor e diminuiu com o passar dos anos, como São Paulo, onde o índice é de 10,9 mortes a cada 100 mil habitantes, ainda acima da média mundial (sempre em torno de 8 mortes/100 mil). É ainda um número altíssimo. Pior para os campeões de assassinatos, Sergipe (64,7 mortes/100 mil), Alagoas (54,2 mortes/100 mil) e Rio Grande do Norte (53,4 mortes/100 mil). São números piores que os da Venezuela, Síria e Afeganistão, para se ter uma ideia da barbárie. 

Infelizmente, não podemos esperar que nossos candidatos aos cargos do Executivo e Legislativo possam resolver essa questão, ou ao menos parar de contribuir para o agravamento desta chaga nacional, pelo menos não a curto prazo. Investimentos em treinamento e formação de policiais, Justiça mais rápida na resolução de crimes violentos, melhor coordenação e logística das polícias, repressão mais eficaz ao tráfico de drogas e armas, e, sobretudo, educação adequada nas escolas e nas casas para impedir a aceitação de condutas violentas e sociopatas não geram resultados imediatos, mas são a base para um país mais habitável no futuro.

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