sexta-feira, 8 de junho de 2018

Das séries 'Oitentolatria', parte 27 e 'Noventolatria', parte 15

Havia um jornal famoso por suas manchetes escandalosas regidas a muito sexo e violência, chamado de "Notícias Populares". O diário era famoso por conotações sexistas, explorações de crimes, postura sensacionalista e linguagem policialesca.

Para muitos, era uma fonte de humor. Para outros, uma escatologia. Como diria quem usa a linguagem dessa publicação, foi "pro bico do corvo" em 2001, devido à onda politicamente correta, que baniu quase todo esse tipo de mídia, à exceção do Charlie Hebdo e alguns outros, e também à queda na demanda por publicações impressas, sejam elas jornais ou revistas. Deixou um sucessor, no Rio de Janeiro: o jornal "Meia Hora", com notícias bem humoradas e formato tablóide.

Começou a ter ampla repercussão com o suposto "desaparecimento" do cantor Roberto Carlos, em 1968, quando ele viajou para Nova York. Sete anos depois, não parava de falar sobre o "bebê diabo", história comentada até agora como uma lenda urbana.

Eis outros tipos de reportagem, datados dos anos 1980 e 1990:










Agora tudo isso parece até um humor do tipo "Os Trapalhões", para falar do que havia de mais inocente nos anos 80 e 90, diante das notícias atuais no Brasil e no mundo, que REALMENTE são escandalosas. E, diante das fake news que infestam as redes sociais, o "Notícias Populares" parece, agora, ser tão apegado à verdade quanto o também finado "Gazeta Mercantil", um dos jornais econômicos mais prestigiados até sair de circulação em 2009.


N. do A.: Não bastava o dólar ficar no indecente movimento "sai, entra, sai, entra" contra a vontade dos brasileiros (e a favor da vontade dos especuladores financeiros), como se fosse um assunto típico do "Notícias Populares" (estupro), ainda se confirmou a morte da tenista Maria Esther Bueno, assunto de uma postagem recente.

Nenhum comentário:

Postar um comentário