Michael Phelps fez história e colocou o Rio como parte dela, ao anunciar sua "aposentadoria" como nadador olímpico, após ganhar sua medalha de ouro de número 23. Poderia ser melhor para o supercampeão, se ele não tivesse "fracassado" em sua última prova individual, nos 100 m borboleta, largando mal e tendo de mostrar seu poder para chegar junto a outros dois competidores - o sul-africano Chad Le Clos e o húngaro Laszlo Cseh. Quem ganhou foi um fã do americano: o cingapureano Joseph Schooling, com o tempo de 50s39. Os três medalhistas de prata chegaram 75 centésimos de segundo atrás.
Para compensar essa "mácula", Phelps ajudou a equipe a ganhar o revezamento 4x100 medley, juntamente com Ryan Murphy, Cody Miller e Nathan Adrian. Foi o terceiro a cair na água, facilitando bastante a tarefa de Adrian: administrar a vantagem sobre os britânicos (prata) e os australianos (bronze). Os brasileiros - Guilherme Guido, Felipe França, Marcelo Chierighini e Henrique Martins - não tinham muito a fazer e ficaram numa modesta sexta colocação, encerrando a apagada participação dos nadadores das nossas plagas, todos saindo das piscinas de mãos abanando.
Ao final, em um misto de jogada de marketing e grande apreço pelo Rio, ele e os seus companheiros abriram um cartaz com os dizeres "Thank you, Rio", agradecendo a cidade e seus habitantes. Ele foi intensamente aclamado.
A despedida de Michael Phelps, com 23 ouros, 5 deles só no Rio (Gabriel Bouys/AFP)
Hoje outro astro internacional, Usain Bolt, fez o cartão de visitas, mostrando, contudo, que não está em plena forma: classificou-se para as finais na prova de 100 m rasos com o tempo de 10s09 - boa para um corredor comum, mas não para o jamaicano. Ele passa a ser o maior esportista das Olimpíadas com a saída de Michael Phelps, e também vai em busca do ouro.
Quem está também em busca da medalha amarela é a Seleção olímpica masculina. Contra a Colômbia, Neymar aumentou seu histórico de problemas: brigou com boa parte do time colombiano, chefiado por Teo Gutierrez (que não se envolveu pessoalmente contra ele), quase foi expulso por reagir às provocações e, no final, após esfriar a cabeça, sofreu várias faltas e também simulou algumas delas, fazendo o time rival ser punido com cinco cartões amarelos. Apesar de marcar um gol de falta e voltar a mostrar seu futebol, sua imagem como criador de casos manteve-se, o que não isenta os colombianos de culpa, procurando irritar os brasileiros como se fosse um jogo da Libertadores e não entre duas seleções nacionais, principalmente no primeiro tempo. Luan fez o segundo gol, decretando a passagem dos brasileiros para as semifinais, para enfrentar a surpreendente seleção de Honduras, vencedora do jogo contra a Coréia do Sul. Na final, é bem capaz da Seleção enfrentar de novo a Alemanha, que goleou Portugal por 4 a 0.
Neymar e Luan fizeram os dois gols da vitória sobre a Colômbia; o sonho do ouro olímpico está mais vivo do que nunca (Mowa Press)
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