Ontem, houve uma série de protestos contra a corrupção e a favor da Lava Jato, ao lado de outros que pediam a volta de Dilma Rousseff ao cargo.
Tanto um quanto outro foram um fracasso: sem repercussão e muito menos gente para participar. Somados, os números dos manifestantes anti-corrupção não passaram de algumas dezenas de milhares. Um número irrisório, diante dos milhões que lotaram as ruas nos protestos anteriores. Os protestos a favor da volta da presidente afastada até conseguiram maior espaço na mídia, mas continuaram a ter bem menos gente.
Em ambos os casos, a explicação é a mesma: Dilma Rousseff já foi afastada, e tem poucas chances de voltar. E o governo Temer, sem empolgar e mantendo, de certa forma, as mesmas práticas nefastas típicas do nosso "presidencialismo de coalizão", tampouco foi um desastre esperado pelos "vermelhos" que gritaram "Fora Temer" e pediam de volta a antiga situação política, anterior ao 12 de maio. Também o desânimo e a desilusão do brasileiro comum diante da política explicaria a baixa adesão.
Isso não significa o fim dos protestos: no dia 29, começa a parte final do processo de impeachment, e veremos, talvez no início do próximo mês, os senadores a votar. Então, os anti-Dilma irão comemorar, enquanto os favoráveis a ela protestarão. Espera-se que, de um lado, a população cansada de ser espoliada continue a manifestar seu descontentamento, exigindo mais ética na política e permanecendo vigilante aos atos de governantes e parlamentares, e, de outro, respeito à lei e à ordem por parte dos apoiadores da sucessora e discípula de Lula, abstendo-se de atos violentos.
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