sábado, 13 de agosto de 2016

Da série Olimpíadas no Rio, parte 9 - O sufoco contra a Austrália e a quarta medalha

No sétimo dia das competições (após a abertura), o Brasil conseguiu ganhar uma medalha. Duas medalhas de bronze em dois dias seguidos, ambos no judô. Depois de Mayra Aguiar, foi a vez de Rafael Silva, o "Baby", na categoria acima de 100 kg. Ele perdeu do francês Teddy Riner, que mais tarde iria ganhar o ouro, mas ganhou do usbeque Abdullo Tangriev com certa facilidade, mostrando o que ele poderia fazer se não enfrentasse o número 1 do ranking em sua categoria antes, e ficou com o bronze. Um aspecto pouco explorado foi o fato de Rafael Silva também ser militar: todos os medalhistas desta edição dos Jogos, até agora, são sargentos. 

Rafael Silva, judoca e sargento do Exército, faz continência após ganhar o bronze (Murad Sezer/Reuters)

Facilidade as meninas do futebol não tiveram, contra as australianas. Em outra partida equilibrada, mas desta vez enfrentando adversárias muito mais duras que as sul-africanas na fase inicial, as meninas abusaram dos erros de passe e muitas vezes foram dominadas pelo nervosismo. Além disso, o esquema tático do técnico Vadão foi parcialmente neutralizado pela forte marcação das rivais. Mesmo atacando muito mais, o time liderado pela "rainha" Marta não conseguiu marcar nem no tempo normal, e nem na prorrogação. Para piorar, durante a cobrança dos pênaltis, a capitã da Seleção feminina quase se transformou em vilã ao desperdiçar a sua vez. Felizmente, a goleira Bárbara conseguiu defender dois chutes das australianas Gorry (esta cobrou logo após Marta e poderia ter causado uma comoção na torcida) e Kennedy. Após oito cobranças por time, com choro e emoção, mas sem o desequilíbrio emocional visto na Seleção masculina durante a Copa 2014, durante as cobranças de penais contra o Chile, o time brasileiro avançou e irá enfrentar as suecas novamente. 

Goleira Bárbara salvou a Seleção, que vai tentar o inédito ouro olímpico (Divulgação)

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