quinta-feira, 11 de agosto de 2016

Da série Olimpíadas no Rio, parte 8 - Phelps, Simone Biles e... Mayra Aguiar

O dia foi de Michael Phelps, soberano nas piscinas com sua excelente performance nos 200 m medley e o quarto ouro somente nesta edição dos Jogos. Ele superou o japonês Kosuke Hagino (prata) e o chinês (Shun Wang), além do brasileiro Thiago Pereira, que pode ser o "rei do Pan", mas nas Olimpíadas teve de medir forças com atletas de nível mundial e escolheu uma tática que acabou fracassando: forçou o ritmo no início, chegando a lutar por uma prata, mas se cansou e ficou apenas em sétimo. Phelps não tomou conhecimento disso e ganhou sua medalha de ouro olímpica número 22.

 A rotina de Michael Phelps (CBSports)

Na ginástica artística, o domínio foi de Simone Biles, muito aclamada pela sua técnica e por lembrar, de longe, a brasileiríssima Daiane dos Santos, mas com a dedicação e o preparo só fornecidos por países que realmente valorizam o esporte, como os Estados Unidos. Ela foi soberana, e dividiu o pódio com a compatriota Alexandra Raisman, e a rival russa Mustafina Aliya. Não deu para Rebeca Andrade, décima primeira colocada, nem para Jade Barbosa, que se contundiu no tornozelo e teve de abandonar a disputa. 

O Brasil, porém, voltou a ganhar uma medalha. Mayra Aguiar não quis ficar de mãos vazias após perder para a francesa Audrey Tcheomé - que viria a perder na final para a americana Kayla Harrison - e enfrentou a cubana Yalennis Castill. Sem muita dificuldade, com um yuko e dois shido (ponto negativo) para a cubana, a brasileira faturou o bronze.

 Mayra Aguiar em ação contra a cubana Yalennis Castill para conseguir a sua medalha (Toru Hanai/Reuters)

Temos uma medalha de cada cor, para certa decepção da torcida, que deve se conscientizar das limitações de nosso elenco e da vontade de vencer de alguns atletas, muitos deles competindo em condições precárias de financiamento e infra-estrutura. Ainda há muitas chances para serem aproveitadas pela frente, e os esportistas brasileiros sabem que não podem desperdiçá-las. Por enquanto, o Brasil está em vigésimo no quadro de medalhas, apenas por curiosidade.

Nenhum comentário:

Postar um comentário