Ontem houve debates na Band com os diversos candidatos à Prefeitura em várias cidades. Acompanhei o embate em São Paulo, e a impressão mais uma vez não é muito favorável.
Líder na pesquisa de votos, Celso Russomanno posou novamente de bom moço sem disfarçar o seu viés populista e evitou atacar os adversários, talvez ciente que o alvo a ser atacado seja o atual prefeito, Fernando Haddad, candidato à reeleição. Atacaram o partido dele, o PT, embora não o acusassem de ser, pessoalmente, corrupto, e sim de não sair de seu gabinete e fazer obras mal feitas, como as ciclovias que ligam nada a lugar nenhum. O atual prefeito se gabou de suas realizações pelo trânsito e mobilidade urbana, que na prática pouco ajudaram a cidade.
Marta Suplicy (PMDB) foi questionada sobre o seu passado (era uma das líderes petistas) e pela sua gestão como prefeita (2001 a 2004), marcada pelas taxas, como as de lixo e iluminação pública. Tentou convencer que está arrependida de tê-las feito.
João Dória Jr. (PSDB) fez questão de mostrar que não era um candidato "coxinha", vestindo-se demagogicamente sem gravata e com jeans, e mesmo assim foi atacado por não ter experiência política.
Ainda há o Major Olímpio (SD), que atacou o problema da segurança pública, considerado abandonado por Haddad, e vociferou contra as cracolândias, sempre quase gritando, como se desse ordens a seus subordinados - ele parecia entender muito de segurança e pouco do resto.
Luísa Erundina (PSOL) não participou do debate, por seu partido, o PSOL, não ter o número mínimo de representantes na Câmara: dez, enquanto o partido dissidente do PT tem apenas seis. Resolveu manifestar-se em frente à sede da Band em São Paulo, no Morumbi. Se estivesse lá, talvez contribuiria para aumentar o teor dos ataques, concentrados entre Marta, Dória e Kassab, com Russomanno "neutro" e o Major dando sustentação a Marta e Dória para atacar o prefeito. E as propostas para melhorar a cidade?
No final, a sensação foi de desalento, pois com qualquer um deles São Paulo sofrerá. E muito!
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