segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Da série Olimpíadas no Rio, parte 12 - Fiasco no basquete e medalhas inesperadas

Começo a escrever pela má notícia, repetindo a velha piada da "notícia boa e outra ruim". O basquete masculino sucumbiu por suas próprias falhas, mais do que pela combinação de resultados. Depois de perder de forma dolorosa dos argentinos após uma disputa ferrenha com direito a duas prorrogações e mais de 100 pontos para cada time, o Brasil teve de vencer a Nigéria por 86 a 69 e esperar o resultado entre Espanha e Argentina para pegar nada menos que o "Dream Team", ou seja, em qualquer circunstância é uma vitória de Pirro de deixar o próprio rei lendário do Épiro ficar com pena do time brasileiro. Os espanhois jogaram com vontade e não deram chance aos hermanos: 92 a 73. Agora os argentinos precisam aguardar o resultado entre Croácia e Lituânia para não terem de enfrentar os americanos na próxima fase. 

Para compensar, existe uma boa notícia: o Brasil voltou a ganhar mais de uma medalha, todas inesperadas. E desta vez não duas, mas três!

Esperava-se que Arthur Zanetti ganhasse o ouro como aconteceu em Londres, mas veio a prata, porque o grego Eleftherios Petrounias fez uma exibição impecável e mereceu ganhar. Zanetti até foi muito bem, mas levou nota 15,766 contra admiráveis 16,000 do oponente. O brasileiro não se mostrou satisfeito com o resultado, embora afirmasse o contrário, mas prometeu melhorar e levar o ouro em Tóquio. 

A torcida esperava o ouro. Não deu para Zanetti conquistá-lo, pois enfrentou um oponente superior (Reuters)

Em outra competição, a maratona aquática, não se esperava medalha do Brasil, mesmo com Poliana Okimoto, que não se deu bem nas outras competições. Em Pequim, esteve longe de convencer. Já em Londres, sofreu uma hipotermia e não completou a prova. No Rio, só chegou em quarto lugar, tentando acompanhar a holandesa Sharon van Rouwendaal, que venceu a prova de ponta a ponta. Ela foi ultrapassada pela italiana Rachele Bruni e pela francesa Amélie Müller. Esta última foi desclassificada por impedir a italiana de prosseguir para colocar a mão na marca de chegada, e perdeu a medalha. Poliana, já conformada com o resultado, foi pega de surpresa quando anunciaram a punição para a rival francesa. Belo desfecho para uma nadadora que sofreu e lutou até os 33 anos, sua idade atual.

Poliana Okimoto herdou o bronze (Danilo Borges/Brasil2016)

Porém, a medalha mais inesperada de todas, a terceira, ainda estava por vir. É o que abordarei na próxima postagem amanhã.

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